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Bebidas Lácteas UHT: Guia de processos de produção

As bebidas lácteas UHT (Ultra High Temperature) possuem uma vida útil mais longa em comparação com os produtos lácteos frescos, devido ao processo de tratamento térmico aplicado durante a fabricação. Isso permite que sejam armazenadas em temperatura ambiente por um período prolongado, sem a necessidade de refrigeração. A conveniência de poder consumir lácteos sem a preocupação com a refrigeração é um fator atraente para os consumidores, além de fornecerem nutrientes essenciais, como proteínas, cálcio e vitaminas.

Neste contexto, as indústrias de alimentos estão preocupadas em atender as preferências do mercado, tais como necessidades dietéticas e restrições alimentares, lançando produtos com sabores diferenciados, versões orgânicas, opções com baixo teor de gordura, alto teor proteico e até mesmo para públicos específicos, como crianças, idosos e atletas. Os fabricantes têm se concentrado em inovação e diversificação, incluindo o desenvolvimento de produtos enriquecidos, sem lactose, e também bebidas plant based

Segundo análise de dados extraídos da MINTEL, apesar da categoria manter uma média de lançamentos nos últimos 10 anos, quando olhamos os lançamentos por apelos é possível perceber aumentos que vão de encontro com os hábitos da população, impulsionado pela conveniência, vida útil prolongada, inovação e conscientização sobre os benefícios nutricionais dos lácteos. Ou seja, a tendência de preferência por opções mais saudáveis e sustentáveis está influenciando o desenvolvimento de bebidas lácteas UHT com ingredientes naturais e métodos de produção mais sustentáveis.

Neste segundo artigo da nossa série dedicada aos Produtos UHT (Ultra High Temperature),  adentramos o mundo das Bebidas Lácteas e todos os processos que afetam sua produção, qualidade e percepção de valor pelo consumidor final.

O Potencial do Soro de Leite em Bebidas UHT e os Desafios da Estabilização

O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade define bebida láctea como o produto lácteo resultante da mistura do leite e soro de leite, fermentado ou não, com ou sem adição de outros ingredientes. Nesta definição, a base láctea deve representar pelo menos 51% da massa total do produto (massa/massa (m/m) do total de ingredientes). 

Ao longo dos anos, acompanhamos a mudança na composição das formulações de bebida láctea, com o uso do soro de leite ganhando cada vez mais relevância, principalmente pelo viés de redução de custos. Tecnicamente, essa abordagem é altamente viável, uma vez que o soro de leite é uma excelente fonte de nutrientes lácteos, especialmente proteínas de alto valor nutricional e cálcio.

Entretanto, devido às altas temperaturas envolvidas no processo UHT, surgem desafios em relação à estabilização. Isso ocorre porque as proteínas sensíveis à desnaturação podem sofrer mudanças em sua estrutura, levando à agregação, precipitação e, consequentemente, à separação de fases.

Bebidas Lácteas

Atenção Especial na Produção de Bebidas Lácteas

Para garantir a excelência na produção de bebidas lácteas, é fundamental prestar atenção especial aos aspectos a seguir. Para a análise do leite a ser utilizado, siga as especificações mencionadas no primeiro artigo da série, sobre leite UHT, clique aqui para conferir.

O soro a ser processado deve passar pelas etapas de clarificação e pasteurização, com o objetivo de inativar coagulantes e outras enzimas que possam estar presentes. Em seguida, deve ser armazenado adequadamente até o momento de utilização. Certifique-se de que ele seja resistente ao aquecimento por meio de testes simples, como um teste de cocção ou a avaliação de sua força alcoólica, conforme adequado ao processo a ser adotado.

É desaconselhável utilizar o soro proveniente da lavagem do queijo devido ao seu baixo conteúdo de sólidos. Se for necessário utilizá-lo, é essencial corrigir seu teor de sólidos com soro em pó ou concentrado. A quantidade de soro a ser adicionada dependerá do produto desejado e da qualidade do estabilizante/espessante utilizado, a fim de evitar a separação de fases.

A escolha da matéria-prima é um fator crucial na produção de bebidas lácteas de qualidade. Isso inclui a seleção de um açúcar de alta qualidade, livre de impurezas. No entanto, ainda enfrentamos desafios tecnológicos em alguns casos, como a separação de fases, decantação de cacau, gelificação (coagulação doce), formação de “pedras de leite” no sistema, problemas de viscosidade e palatabilidade, variações nos valores de pH e acidez durante a vida útil do produto, instabilidade proteica, entre outros. A atenção a esses detalhes é essencial para garantir a excelência na produção.

Estabilização Proteica: benefícios do uso de Fosfatos

No mercado, existem soluções específicas para a estabilização de proteínas em produtos lácteos, como o Dorefós da Doremus. O Dorefós é um composto de fosfatos ou fosfatos e citratos que desempenham um papel crucial na estabilização do pH da mistura de leite e soro.

O cálcio solúvel possui cargas positivas, enquanto o fosfato micelar possui cargas negativas. Quando adicionamos soluções como o Dorefós ao leite, os fosfatos sequestram os íons de cálcio livres, liberando íons de sódio. Esse complexo formado evita a neutralização das cargas e a consequente coagulação das proteínas, reduzindo assim a formação de incrustações nos equipamentos de processamento. Isso permite uma operação mais prolongada dos equipamentos UHT, ao passo que reduz a necessidade de limpeza frequente, o que, por sua vez, diminui os custos e aumenta a produtividade na fabricação de leite, creme e bebidas.

Além disso, a adição de polifosfatos previne a precipitação do cálcio livre durante o aquecimento, contribuindo para a estabilidade do produto e evitando a formação de sinérese.

Bebida Láctea

 

Os fosfatos desempenham várias funções técnicas e melhoram a qualidade das bebidas lácteas UHT, como:

  1. Estabilização do pH: Os fosfatos atuam como reguladores de acidez, mantendo o pH estável durante o processamento e armazenamento, o que evita alterações indesejáveis na textura e no sabor do produto.
  2. Estabilização da proteína: Os fosfatos podem ajudar a estabilizar as proteínas presentes na bebida láctea UHT. Eles se ligam às proteínas, melhorando sua solubilidade, dispersão e evitando a formação de grumos ou sedimentos indesejáveis.
  3. Melhoria da textura e consistência: Em certas situações, os fosfatos contribuem para aprimorar a textura e a consistência da bebida láctea UHT, atuando como agentes espessantes e fornecendo viscosidade ao produto. 
  4. Complexação de minerais: Os fosfatos podem se ligar a íons metálicos, como o cálcio presente no leite, auxiliando na estabilização do produto.

Lembre-se de respeitar as regulamentações e limites estabelecidos pela legislação vigente ao utilizar fosfatos em bebidas lácteas UHT, garantindo assim a conformidade com as normas de qualidade e segurança alimentar.

Estabilizantes: como escolher soluções UHT

Os estabilizantes desempenham um papel fundamental na produção de bebidas lácteas UHT, contribuindo para melhorar a estabilidade física, textura e aparência desses produtos. Além disso, esses ingredientes desempenham um papel crucial na prevenção da separação de fases, sedimentação e formação de grumos, proporcionando uma sensação mais suave na boca.

Ao escolher um estabilizante para a fabricação de produtos submetidos a tratamento térmico, é essencial conhecer a premissa: Estabilizantes são moléculas de alto peso molecular, moléculas hidrofílicas gigantes, capazes de controlar a água de um certo produto devido a sua facilidade de hidratação. As principais funções dos estabilizantes são: 

  1. O aumento da viscosidade: conferem corpo ao produto. 
  2. Estabilização: evitam sinérese e ou separação de fases, decantação de cacau e outros sólidos, através da formação de uma rede microscópica que aprisiona estas partículas. 
  3. Proteção das Proteínas: em produtos que passam por tratamento térmico, os estabilizantes atuam como agentes “protetores das proteínas”, formando géis que sustentam a aeração.

Os estabilizantes são indicados quando se deseja favorecer e manter as características físicas de emulsões e suspensões, resultando em produtos de melhor qualidade.

Ressaltamos que os estabilizantes, devido à sua alta capacidade de hidratação, exigem certos cuidados ao serem adicionados. O ideal é adicioná-los lentamente, sob agitação constante, utilizando equipamentos como triblender, liquidificador industrial ou outro dispositivo em linha. 

No caso de bebidas adicionadas de açúcar, recomendamos criar uma pré-mistura para garantir uma boa dispersão do produto, assegurando a eficiência do estabilizante de forma que os resultados no produto final sejam facilmente observados.

Tratamento Térmico de Produtos UHT

Tratamento Térmico: fique atento à estas considerações importantes

Existem dois métodos principais de tratamento térmico em produtos lácteos UHT: aquecimento indireto e direto. Cada método possui características distintas e influenciam nas características finais dos produtos.

No método de aquecimento indireto, a transferência de calor ocorre através de uma superfície separadora entre o elemento de aquecimento e o produto. A temperatura de esterilização varia entre 140°C e 150°C, com um tempo de tratamento de 3 a 5 segundos.

Já no método de aquecimento direto, o vapor é injetado diretamente no produto para atingir a temperatura de esterilização, que é de aproximadamente 138°C, também por 3 a 5 segundos. Esse processo pode levar a uma diluição de cerca de 10% no volume do produto devido ao vapor condensado. No entanto, a diluição é compensada durante o resfriamento, quando o produto quente passa por uma câmara de vácuo, promovendo a evaporação do excesso de água.

Os efeitos do aquecimento nos produtos dependem da intensidade desse processo, e as alterações térmicas podem afetar tanto seus macro quanto micronutrientes. Por exemplo, as proteínas do soro podem sofrer desnaturação pelo calor, expondo novas regiões para interação com os hidrocolóides e impactando na estabilidade e textura do produto final.

No caso dos achocolatados UHT, o tratamento térmico provoca o escurecimento do produto devido à reação de Maillard (entre grupos amina e lactose) e caramelização. Além disso, pode apresentar sabor de cozido devido à formação de grupos sulfídricos livres. Essas alterações são mais evidentes em produtos submetidos ao tratamento térmico indireto, devido à maior exposição ao calor, especialmente quando há recirculação do produto na linha de processamento.

De forma similar, os cremes de leite processados em trocadores de calor indiretos tendem a sofrer maior desnaturação proteica, o que pode exigir uma estabilização mais eficiente para prevenir a sinérese durante o shelf life (vida útil) do produto.

Etapas de Homogeneização e especificações

A homogeneização desempenha um papel fundamental no processo de produção de bebidas lácteas UHT, visando melhorar diversos aspectos do produto. Seus principais objetivos incluem:

  • Melhorar (aumentar) a consistência e viscosidade;
  • Aumentar a estabilidade, evitando separação de soro;
  • Evitar a separação de gordura;
  • Aumentar a digestibilidade da proteína. 

Logo, é um processo essencial que objetiva-se prevenir ou minimizar o fenômeno da separação da gordura, além de ativar alguns hidrocolóides presentes no produto. A homogeneização envolve a redução do tamanho dos glóbulos de gordura presentes no achocolatado, resultando em uma emulsão mais estável e evitando a aglomeração e coalescência desses glóbulos.

A homogeneização pode ser realizada em duas etapas: a primeira tem como objetivo a ruptura dos glóbulos de gordura em glóbulos menores, reduzindo sua tendência à aglomeração, enquanto a segunda visa evitar o reaglutinamento dos glóbulos de gordura, garantindo uma emulsão mais estável. A abordagem de duplo estágio é comum em homogeneizadores de pistão para achocolatados UHT.

As pressões de homogeneização utilizadas variam entre 180 a 250 bar, com a recomendação de aplicar cerca de 70% da pressão no primeiro estágio e 30% no segundo estágio. Essas pressões elevadas garantem a redução adequada do tamanho dos glóbulos de gordura e melhoram a estabilidade da emulsão.

Uma homogeneização correta resulta em uma distribuição mais uniforme das proteínas nas superfícies dos glóbulos de gordura, contribuindo para a estabilidade da emulsão. Além disso, também pode proporcionar ganho de brilho e textura ao produto final.

A homogeneização deve ser realizada enquanto a gordura estiver em estado líquido, o que requer uma temperatura mínima de 65°C, podendo variar até 80°C. Este processo permite melhorar a estabilidade da emulsão e garantir um produto final de alta qualidade, com características organolépticas desejáveis.

Envase de Produtos UHT

Envase de bebidas lácteas: como  garantir a segurança e a qualidade do produto ao longo do tempo

O processo de envase de achocolatados UHT envolve diversos fatores que afetam diretamente a qualidade do produto final. A temperatura de envase é um fator crítico, especialmente quando se utiliza um sistema estabilizante composto por hidrocolóides que formam gel durante o resfriamento. Ou seja, a escolha da temperatura de envase influencia diretamente a estabilidade e a aparência do achocolatado.

Se o achocolatado é envasado em temperaturas próximas ao ponto de gelificação dos hidrocolóides, não haverá o devido cisalhamento após o envase para evitar a contração da matriz de formação do gel durante o resfriamento. Isso pode resultar em um aspecto formatado ou com pedaços de gel durante o escoamento do produto.

Além disso, durante o resfriamento na embalagem, a matriz de gel formada pelos hidrocolóides pode se contrair lentamente e expulsar água, levando à sinérese ao longo do shelf life (vida útil) do achocolatado. A sinérese é a separação de líquido (no caso, água) dos componentes sólidos do produto, resultando em uma separação indesejada de líquido no produto final.

Portanto, é recomendado que o achocolatado UHT seja envasado a temperaturas entre 20°C e 25°C para evitar esses problemas relacionados à formação de gel e sinérese.

Ainda mais, o envase deve ser conduzido de forma asséptica, ou seja, garantindo condições de esterilidade. Isso envolve a utilização de embalagens previamente esterilizadas e um fechamento hermético em ambiente asséptico. Essas medidas são essenciais para evitar a recontaminação microbiológica do produto durante o resfriamento após a esterilização, bem como durante a estocagem e distribuição.

As embalagens utilizadas para achocolatados UHT devem ser impermeáveis à luz, à água e aos gases, garantindo a proteção do produto contra fatores externos que poderiam prejudicar sua qualidade e vida útil.

A esterilização das embalagens pode ser realizada por calor, agentes químicos ou uma combinação de ambos, assegurando a ausência de microorganismos na embalagem antes do envase do achocolatado. Isso é fundamental para garantir a segurança e a qualidade do produto ao longo do tempo.

Atente-se a estas possíveis Causas e Defeitos: 

A bebida láctea UHT (Ultra High Temperature) é tratada termicamente para eliminar bactérias e prolongar sua vida útil. No entanto, alguns problemas podem ocorrer durante o processamento, armazenamento ou manipulação, resultando em defeitos ou deterioração do produto. A seguir, discutimos algumas possíveis causas e defeitos associados à bebida láctea UHT:

  1. Formação de grumos: A formação de grumos pode ocorrer durante o processamento térmico devido a precipitação proteica ou má dissolução de estabilizantes. Isso resulta em uma textura granulosa e descaracterizada na bebida.
  2. Separação de fases: A separação de fases é um defeito que ocorre quando a bebida não é homogeneizada adequadamente, o balanço de ingredientes é inadequado, ou o estabilizante não corresponde à formulação ou processo. Isso pode resultar na separação de componentes, como a gordura do leite, levando a uma aparência estratificada ou camada de creme na superfície do produto.
  3. Sinérese: A sinérese é a separação de fases que pode ocorrer em achocolatados UHT, levando à observação de um líquido translúcido na superfície ou no fundo da embalagem. Esse fenômeno é considerado um defeito grave e pode afetar a aceitação do produto pelo consumidor.
  4. Sabor de cozido: O sabor de cozido é um defeito que ocorre quando o tratamento térmico é excessivo, resultando em um gosto cozido no produto. Isso pode afetar negativamente a qualidade e o paladar da bebida.
  5. Contaminação microbiológica: Embora o processo UHT seja projetado para eliminar bactérias, falhas na esterilização ou contaminação cruzada durante o envase podem resultar em crescimento microbiano, levando à deterioração e risco de doenças alimentares.
  6. Gelificação: A gelificação ocorre quando a mistura de ingredientes forma uma rede de gel tridimensional, resultando em uma consistência gelatinosa e aparência de “talhado”. Isso pode ser causado por contaminação bacteriana, problemas no processamento ou armazenamento, balanço inadequado de hidrocolóides, ou dosagem inadequada.
  7. Corpo e Viscosidade: A textura e viscosidade do achocolatado são fatores importantes para a aceitação do consumidor. Um produto com consistência inadequada pode ser mal recebido. 
  8. Aeração: A incorporação excessiva de ar durante o processo de fabricação pode resultar em um produto com aparência irregular e rugosa, afetando sua aceitação.

Para garantir a qualidade das bebidas lácteas UHT, é fundamental monitorar cuidadosamente o processo de produção, a homogeneização, o envase e a esterilização, além de garantir a escolha adequada de ingredientes e formulações. Isso assegura que o produto final atenda aos padrões de qualidade e satisfaça as expectativas dos consumidores.

Bebidas Lácteas

Doremus: Seu Parceiro em Inovação para Bebidas Lácteas UHT de Qualidade

A Doremus está comprometida em oferecer soluções de qualidade para atender às necessidades de seus clientes na indústria de bebidas, proporcionando ingredientes e aromas excepcionais que garantem a excelência de seus produtos. 

Com nosso amplo portfólio de Aromas e Ingredientes, incluindo opções termorresistentes, estamos prontos para apoiar o desenvolvimento de bebidas únicas e deliciosas.

Também oferecemos uma gama completa de nutrientes, especialmente formulados para o mercado de alimentação esportiva e produtos funcionais, que destacam-se como fontes ricas de vitaminas e minerais. 

Nosso compromisso com a inovação nos permite antecipar as tendências do mercado e fornecer produtos que se destacam em funcionalidade, sabor e relação custo-benefício, projetados para resistir aos tratamentos térmicos necessários.

Se você deseja continuar explorando informações valiosas sobre produtos UHT e aprimorar ainda mais seus conhecimentos, acompanhe a série completa de artigos “Produtos UHT” em nosso blog. Mantenha-se atualizado com as últimas tendências e descubra como maximizar a qualidade e o sucesso de seus produtos. Junte-se a nós nessa jornada de excelência e inovação na indústria de alimentos e bebidas.

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